CartaExpressa
Rio: Sargento da Marinha mata vizinho negro e alega tê-lo confundido com ladrão
O atirador, Aurélio Alves Bezerra, foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo
Um homem negro foi morto na porta de casa em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, após um vizinho, sargento da Marinha, tê-lo confundido com um bandido. Durval Teófilo Filho tinha 38 anos e trabalhava em uma rede de supermercados.
O atirador, preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, é o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que alegou ter confundido a vítima com um bandido.
Em depoimento a policiais militares que atenderam a ocorrência, o sargento afirmou que retornava de viagem à noite e que, ao chegar em casa, na Rua Capitão Juvenal Figueiredo, avistou um homem se aproximando do seu carro rapidamente. Por não reconhecer o rapaz, Aurélio pegou uma arma e disparou três vezes contra a vítima. Ao sair do carro, ele viu que o homem não estava armado e teria informado ser morador do mesmo condomínio.
Aurélio acrescentou que “a localidade é perigosa e costuma ter muitos assaltos”. O sargento chegou a socorrer a vítima e encaminhá-la ao Hospital Estadual Alberto Torres, mas Durval não resistiu aos ferimentos.
Segundo relatos de moradores do condomínio, porém, Durval estaria tentando abrir o portão eletrônico do condomínio, que estava emperrado. Ele estaria abaixado, tentando forçar o portão, quando foi baleado por Aurélio.
O delegado que acompanha o caso, Mario Lambret, adjunto da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, informou que deve dar procedimento à ocorrência na tarde desta quinta-feira 3 e encaminhar o caso para a Justiça.
Relacionadas
CartaExpressa
Castro confirma participação em ato de Bolsonaro e deve usar o palanque para se defender
Por CartaCapitalCartaExpressa
Rio de Janeiro aprova feriado municipal durante a Cúpula do G20; veja as datas
Por Caio CésarCartaExpressa
Formação de professores terá que ser pelo menos 50% presencial, decide Conselho Nacional de Educação
Por CartaCapitalCartaExpressa
Gilmar: CPI para investigar o STF seria inadmissível e inconstitucional
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.