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Europeus buscam saída diplomática para crise ucraniana, mas EUA ameaçam envio de tropas

Na sexta-feira o chefe da Casa Branca disse que vai enviar suas forças para a região, onde 8.500 soldados americanos já estão em alerta em caso de uma ação russa

Créditos: DENIS BALIBOUSE / POOL / AFP Créditos: DENIS BALIBOUSE / POOL / AFP
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A comunidade internacional continua em busca de uma saída para a crise ucraniana diante da suspeita de uma possível invasão russa no país vizinho. Enquanto os europeus investem nas discussões diplomáticas, os Estados Unidos endurecem o tom, ameaçando o envio de soldados para a região.

Depois da conversa telefônica da sexta-feira 28 do presidente francês Emmanuel Macron com os líderes russo Vladimir Putin, e ucraniano, Volodimir Zelenski, o ministro francês das relações exteriores, Jean-Yves Le Drian, informou neste sábado 29 que planeja ir até Kiev junto com a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock. A viagem está prevista para 7 e 8 de fevereiro e o representante de Paris diz que fará o possível para diminuir a tensão entre russos e ucranianos.

O mesmo tom conciliador foi adotado por Londres, onde o primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que está “decidido a acelerar os esforços diplomáticos e fortalecer a dissuasão para evitar um derramamento de sangue na Europa”. O premiê deve se reunir nos próximos dias com o presidente russo.

Já o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, desembarcará em Kiev na terça-feira 1°. “A Polônia apoia a Ucrânia para evitar a agressão russa”, declarou o porta-voz do governo de Varsóvia, Piotr Muller.

Apesar dessa vontade de um avanço diplomático europeu, do lado dos Estados Unidos Joe Biden mantém a pressão. Na sexta-feira o chefe da Casa Branca disse que vai enviar suas forças para a região, onde 8.500 soldados americanos já estão em alerta em caso de uma ação russa. “Vou mobilizar tropas para leste da Europa e países da Otan no curto prazo. Não muitas”, disse Biden, sem dar mais detalhes.

“Clara ameaça à paz e segurança internacionais”

Washington também exigiu que o Conselho de Segurança da ONU organize uma reunião na segunda-feira 31 para discutir a “clara ameaça” que Moscou representa à “paz e segurança internacionais”. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, tentou ser menos alarmista, dizendo que um conflito na região “não é inevitável” e que “ainda há tempo e espaço para a diplomacia”.

Os ocidentais acusam a Rússia, que posicionou mais de 100 mil soldados na fronteira ucraniana, de planejar invadir o país vizinho. Moscou nega, mas se considera ameaçada pela expansão da Otan para o leste nos últimos 20 anos e pelo apoio ocidental à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse que “se depender da Rússia, não haverá guerra. Não queremos guerras. Mas não vamos permitir que nossos interesses sejam ultrajados, ignorados”.

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