Saúde

Novos dados dos EUA mostram alta eficácia das vacinas contra casos graves da Ômicron

Relatório analisou informações de mais de 300.000 visitas a departamentos de emergência, clínicas de atendimento urgente e hospitalizações em dez estados do país

Novos dados dos EUA mostram alta eficácia das vacinas contra casos graves da Ômicron
Novos dados dos EUA mostram alta eficácia das vacinas contra casos graves da Ômicron
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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As vacinas e as doses de reforço continuam apresentando uma eficácia muito alta contra as consequências graves da doença durante a onda da variante Ômicron, informou nesta sexta-feira 21 um estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças – CDC, na sigla em inglês.

O relatório analisou dados de mais de 300.000 visitas a departamentos de emergência, clínicas de atendimento urgente e hospitalizações em dez estados do país, entre 26 de agosto de 2021 e 5 de janeiro de 2022.

Durante o período em que a variante Delta era dominante, a eficácia da vacina para prevenir a hospitalização por Covid-19 foi de 90%, entre 14 e 179 dias depois da 2ª dose, caiu para 81% mais de 180 dias depois da 2ª dose e aumentou para 94% 14 dias ou mais depois da 3ª dose.

Depois que a Ômicron se tornou a cepa dominante, a estimativa de eficácia da vacina para evitar hospitalizações entre 14 e 179 dias após a 2ª dose foi de 81%, de 57% após mais de 180 dias da 2ª injeção e de 90% 14 ou mais dias depois da dose de reforço.

Uma segunda pesquisa dos CDC, baseada em dados de 25 jurisdições estaduais e locais dos Estados Unidos, descobriu que a eficácia da vacina para prevenir um contágio diminuiu de 93%, antes da Delta, para cerca de 80% quando a Delta se tornou dominante. Contudo, a proteção contra mortes se manteve estável em 94%.

A eficácia da vacina contra a infecção caiu para 68% quando surgiu a Ômicron. Os autores, no entanto, não puderam estimar a eficácia da vacina contra óbitos durante a onda da Ômicron, devido a um atraso nos relatórios. Contudo, a expectativa científica geral é de que continuará sendo muito alta.

O documento também mostrou que, se as mortes entre os completamente vacinados aumentaram consideravelmente durante a onda de Delta, com um total de mais de 20 mil óbitos entre julho e novembro, as pessoas não vacinadas ainda tinham 16 vezes mais chances de morrer durante o mesmo período.

A proteção foi ainda maior para as pessoas que receberam a dose adicional. Entre outubro e novembro, as pessoas não vacinadas tinham cerca de 50 vezes mais chances de morrer de Covid-19 que as pessoas imunizadas com três doses da vacina.

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