Política
Queiroga defende autoteste de Covid e diz que ministério enviará à Anvisa informações que faltam
O ministro da Saúde disse nesta quinta-feira que irá se manifestar ‘de maneira tempestiva nos canais competentes’


Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiar a decisão sobre a liberação da venda de autotestes de Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira que irá se manifestar “de maneira tempestiva nos canais competentes”. A agência quer mais informações sobre a política de testagem do ministério. Queiroga informou que irá enviar a complementação que falta à Anvisa.
“A posição do ministério acerca do autoteste é clara, como é tudo aqui no governo do presidente Jair Bolsonaro. Nós já nos manifestamos favoráveis à venda de autotestes nas farmácias, em relação à politica pública. A política pública são os testes na atenção primária. Nós estamos distribuindo testes aos municípios. Há uma política de testagem no Brasil”, afirmou Queiroga.
O ministro rebateu críticas e disse que houve problema de abastecimento de testes, mas que não faltou o produto para a pasta.
“Eu não vou adquirir 200 milhões de testes para deixar esses testes vencerem”, afirmou.
Após declaração em evento para para assinatura de portaria liberando repasse para municípios da Bahia atingidos pelas enchentes, o ministro publicou em rede social que enviará as informações à Anvisa. “Vamos complementar as informações solicitadas pela Anvisa”, escreveu o ministro.
O pedido de autorização foi enviado à agência na semana passada pela pasta No documento, o ministério diz que “a autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19”.
Na solicitação, o ministério classificou a ferramenta como “excelente estratégia de triagem”. Relatora do pedido, a terceira-diretora da Anvisa, Cristiane Rose Jourdan, sustentou que a aprovação do autoteste pode ser benéfica para o controle da pandemia e que o exame caseiro é simples e de fácil manuseio para a população, mas que o resultado não é conclusivo.
O diretor Romison Mota pediu diligências sobre o tema em até 15 dias, isto é, informações adicionais ao ministério. O diretor-presidente, Antonio Barra Torres, e os demais diretores, Alex Campos e Meiruze Freitas, seguiram o voto de Mota.
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