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Por falta de imunizantes, prefeitura de São Paulo pode interromper vacinação infantil
A gestão municipal também só tem testes para a Covid-19 para mais quinze dias
A campanha de vacinação contra a Covid-19 para crianças na cidade de São Paulo, iniciada nesta segunda-feira 17, pode ser interrompida na terça-feira se a Prefeitura não receber novas doses do imunizante pediátrico.
Segundo o secretário de Saúde, Edson Aparecido, a gestão municipal recebeu 64 mil doses da vacina da Pfizer, mas tem 236 mil crianças com comorbidades. “Recebemos 64.090 vacinas, mas temos 236 mil de crianças com comorbidade. Temos de esperar o Ministério de Saúde mandar mais vacinas. A gente vai vacinando paulatinamente”, declarou.
Nesta primeira etapa da imunização, a capital paulista aplica doses em quem tem alguma comorbidade, deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual) ou indígenas aldeados e quilombolas – a vacinação do público sem comorbidades deve começar na segunda semana de fevereiro.
O Ministério da Saúde recebeu no domingo 16 o segundo lote das vacinas da Pfizer, com cerca de 1,2 milhão de doses, e vai fazer a distribuição entre os estados.
A Secretaria Municipal de Saúde também anunciou que passou a limitar a testagem para a Covid-19 por falta de insumos. Os testes disponíveis só duram por mais 15 dias, segundo informou a pasta. Por isso, os testes estão sendo limitados a pessoas dos grupos de risco, como gestantes, puérperas, pessoas em situação de rua e profissionais da saúde. Outro requisito para realizar o teste é ter algum sintoma gripal.
A Prefeitura confirmou que tem tido dificuldades para adquirir os kits de testagem e, diante o cenário, autorizou organizações sociais que administram unidades de saúde a importarem testes de Covid.
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