Mundo
Mais de 50% dos europeus poderão contrair ômicron em dois meses, diz OMS
Nesta região, foram registrados 7 milhões de novos casos de Covid-19 na primeira semana de 2022


Mais de 50% da população da região Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS) terá contraído a variante ômicron do coronavírus nos próximos dois meses, se o ritmo atual de transmissão se mantiver mantida – advertiu a instituição, nesta terça-feira (11).
“Nesse ritmo (…), prevê-se que mais de 50% da população da região terá sido infectada com a variante ômicron nas próximas seis, ou oito, semanas”, disse o diretor da região Europa na OMS, Hans Kluge, em entrevista coletiva.
Kluge destacou que esta variante apresenta várias mutações “capazes de se fixarem mais facilmente nas células humanas” e afetar pessoas que já tiveram Covid-19 e estão vacinadas.
A região Europa da OMS é composta por 53 países e vai até a Ásia Central. Nesta área, foram registrados 7 milhões de novos casos de Covid-19 na primeira semana de 2022.
Segundo dados da OMS, desde 10 de janeiro, 26 países da região relataram que mais de 1% de sua população foi infectada a cada semana.
Kluge afirmou que essa transmissão “sem precedentes” do vírus se traduz em um aumento nas internações hospitalares, mas não no aumento da mortalidade.
A nova onda de contágios “é um desafio para os sistemas de saúde e para o atendimento de saúde em vários países onde a ômicron se propaga em alta velocidade e ameaça sobrecarregar a situação em outros”, lamentou.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

OMS diz que pandemia tem ‘fim à vista’, mas alerta para dificuldades nos próximos três meses
Por Victor Ohana
OMS: Ômicron parece menos grave que a Delta, mas não deve ser classificada como ‘leve’
Por AFP