Política
Ministra do STJ se declara impedida de julgar habeas corpus de Carlinhos Cachoeira
A ministra justificou o impedimento por ser goiana e ter tido contato social ou profissional com autoridades investigadas


Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz se declarou impedida de julgar o habeas corpus de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso desde fevereiro por explorar o jogo ilegal em Goiás. A ministra justificou o impedimento por ser goiana e ter tido contato social ou profissional com autoridades públicas que supostamente estão envolvidas com Cachoeira.
“Sou oriunda do estado de Goiás, onde exerci cargos direta ou indiretamente relacionados a instituições locais. Tendo em conta a denunciada abrangência de sua suposta atuação [de Carlinhos Cachoeira] no estado, com o pretenso envolvimento de várias autoridades públicas, com as quais, algumas delas, tive algum tipo de contato social ou profissional, ao meu sentir, é prudente declarar minha suspeição, a fim de preservar a incolumidade do processo penal”, diz o despacho de terça-feira 10 da ministra.
Com a decisão de Laurita Vaz, o processo será redistribuído a outro ministro do STJ. No dia 9, a defesa de Carlinhos Cachoeira entrou com um pedido de habeas corpus no STJ. Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de exploração ilegal de jogos de azar em Goiás.
Gravações feitas pela PF mostram diálogos de alguns parlamentares de Goiás com Cachoeira ou pessoas ligadas a ele. O parlamentar mais atingido pelas denúncias é senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de tráfico de influência em favor de Cachoeira.
Também foram reveladas conversas da então chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, com Cachoeira. Ela deixou o cargo e, desde então, surgiu a suspeita de que Perillo também pudesse estar envolvido no esquema de jogos ilegais no estado.
Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz se declarou impedida de julgar o habeas corpus de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso desde fevereiro por explorar o jogo ilegal em Goiás. A ministra justificou o impedimento por ser goiana e ter tido contato social ou profissional com autoridades públicas que supostamente estão envolvidas com Cachoeira.
“Sou oriunda do estado de Goiás, onde exerci cargos direta ou indiretamente relacionados a instituições locais. Tendo em conta a denunciada abrangência de sua suposta atuação [de Carlinhos Cachoeira] no estado, com o pretenso envolvimento de várias autoridades públicas, com as quais, algumas delas, tive algum tipo de contato social ou profissional, ao meu sentir, é prudente declarar minha suspeição, a fim de preservar a incolumidade do processo penal”, diz o despacho de terça-feira 10 da ministra.
Com a decisão de Laurita Vaz, o processo será redistribuído a outro ministro do STJ. No dia 9, a defesa de Carlinhos Cachoeira entrou com um pedido de habeas corpus no STJ. Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de exploração ilegal de jogos de azar em Goiás.
Gravações feitas pela PF mostram diálogos de alguns parlamentares de Goiás com Cachoeira ou pessoas ligadas a ele. O parlamentar mais atingido pelas denúncias é senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de tráfico de influência em favor de Cachoeira.
Também foram reveladas conversas da então chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, com Cachoeira. Ela deixou o cargo e, desde então, surgiu a suspeita de que Perillo também pudesse estar envolvido no esquema de jogos ilegais no estado.
Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.