Cultura
Morre aos 69 anos bell hooks, expoente do pensamento feminista negro
Autora de mais de 40 livros, a intelectual, ativista ficou conhecida por expor as relações íntimas entre o racismo e os papéis de gênero
Faleceu nesta quarta-feira 15, aos 69 anos, a escritora, professora e intelectual expoente do pensamento feminista negro, bell hooks. A morte foi confirmada por sua sobrinha, Ebony Motley, mas não teve ainda a causa divulgada.
Ao longo de sua carreira, hooks escreveu mais de 40 livros. É celebrada por obras que são consideradas pilares no pensamento feminista negro, como E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo, publicado ainda 1981.
A escritora ficou conhecida por expor as relações íntimas entre o racismo e os papéis de gênero na sociedade. Mais recentemente, dava aulas na universidade Berea College, no Kentucky, sua terra natal. Antes, estudou em escolas segregadas entre negros e brancos nos EUA, cursou faculdade em Stanford, mestrado Wisconsin e doutorado em literatura na Califórnia.
hooks ainda integrou o hall da fama dos escritores do Kentucky e tem um instituto em Barea que leva seu nome. Seus livros foram publicados em mais de 15 idiomas diferentes. Segundo o comunicado da sobrinha, ela estava doente e faleceu rodeada de familiares e amigos.
bell hooks foi o nome que Gloria Jean Watkins adotou em homenagem sua bisavó. Foi sempre grafado com letras minúsculas, a pedido dela, para enfatizar o conteúdo dos seus escritos e não sua autoria.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.