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Por falta de provas, Promotoria arquiva inquérito da Lava Jato contra Haddad
Ex-prefeito era investigado por suposto caixa 2 eleitoral. O caso era baseado na delação premiada de Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS


O Ministério Público de São Paulo arquivou um inquérito que investigava ex-prefeito Fernando Haddad por um suposto pedido de propina à OAS, em 2013, para quitação de despesas de campanha eleitoral, ou caixa 2. O arquivamento se deu por falta de provas.
Segundo a Promotoria, as acusações feitas contra o petista via delação premiada não se comprovaram, “a despeito das diversas diligências investigativas realizadas para esse fim”,
Em parecer assinado na segunda-feira 13, o promotor Paulo Rogério Costa registrou que “não é possível atribuir a Fernando Haddad a solicitação direta ou indireta e ainda o percebimento de vantagem indevida da empreiteira OAS, em razão de sua função, que à época era de prefeito municipal de São Paulo, mediante a contraprestação de ser prolongado um contrato administrativo com a empreiteira”.
A investigação, agora arquivada, foi aberta com base na colaboração premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, no âmbito da Operação Lava Jato. Pinheiro alegou ter sido procurado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, no primeiro trimestre de 2013. Vaccari teria, segundo declarou ele à época, pedido 5 milhões de reais para pagamento de dívidas de campanha de Haddad. Em troca, teria oferecido a continuidade de contratos da OAS com a Prefeitura, sobretudo da obra do prolongamento da Avenida Roberto Marinho.
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