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Ecce homo

Filho do deputado federal do PP, Jair Bolsonaro, o vereador Carlos, da mesma legenda, apresentou a versão carioca do Dia do Orgulho Heterossexual

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Filho do deputado federal do PP, Jair Bolsonaro, o vereador Carlos, da mesma legenda, apresentou a versão carioca do Dia do Orgulho Heterossexual. Foto: Divulgação
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Uma nova onda de iniciativas homofóbicas agita a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Tal pai, tal filho, Carlos, vereador pelo PP, filho de Jair Bolsonaro, deputado federal da mesma legenda, apresentou a versão carioca do Dia do Orgulho Heterossexual e outro projeto que proíbe a distribuição de materiais de orientação sexual nas escolas públicas da cidade.

O primeiro projeto, do Orgulho Hetero, ainda não pôde ser votado, uma vez que sua justificativa foi considerada muito ofensiva pela maioria dos vereadores. Tratava os homossexuais como os grandes responsáveis pela Aids, por um número crescente de órfãos e, consequentemente, pelo aumento da criminalidade (conclusão do nobre parlamentar). Bolsonaro trocou a justificativa do projeto e vai insistir na sua aprovação, o que deve acontecer a qualquer momento.

O segundo projeto, a proibir a distribuição de materiais de orientação sexual nas escolas públicas, passou com larga folga em primeiro turno.  Bolsonaro chegou a ser aplaudido depois de sua sustentação, bastante virulenta, pela aprovação da iniciativa. Quanto ao primeiro projeto, sobre o do Dia de Orgulho Heterossexual, ele voltará a ser discutido nesta semana. Mas, dessa vez, movimentos LGBTs prometem encher as galerias do Palácio Pedro Ernesto para constrangerem seus defensores.

A família Bolsonaro notabilizou-se na política pela defesa ferrenha da Redentora. Durante muitos anos, bateram nessa mesma tecla. Agora, que a Redentora foi para a reserva, centram sua ira e sua força nos gays e na defesa da família brasileira. Aliás, uma família que, no passado, não mostrou ser tão unida ou fiel… O atual vereador Carlos disputou seu primeiro mandato na Câmara contra a mãe, Rogéria, ex-Bolsonaro. Na separação, o pai Jair não abriu mão do patrimônio político e tratou de banir Rogéria, lançando mão do filho Carlos, ainda menor.

É… Freud explica.

Uma nova onda de iniciativas homofóbicas agita a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Tal pai, tal filho, Carlos, vereador pelo PP, filho de Jair Bolsonaro, deputado federal da mesma legenda, apresentou a versão carioca do Dia do Orgulho Heterossexual e outro projeto que proíbe a distribuição de materiais de orientação sexual nas escolas públicas da cidade.

O primeiro projeto, do Orgulho Hetero, ainda não pôde ser votado, uma vez que sua justificativa foi considerada muito ofensiva pela maioria dos vereadores. Tratava os homossexuais como os grandes responsáveis pela Aids, por um número crescente de órfãos e, consequentemente, pelo aumento da criminalidade (conclusão do nobre parlamentar). Bolsonaro trocou a justificativa do projeto e vai insistir na sua aprovação, o que deve acontecer a qualquer momento.

O segundo projeto, a proibir a distribuição de materiais de orientação sexual nas escolas públicas, passou com larga folga em primeiro turno.  Bolsonaro chegou a ser aplaudido depois de sua sustentação, bastante virulenta, pela aprovação da iniciativa. Quanto ao primeiro projeto, sobre o do Dia de Orgulho Heterossexual, ele voltará a ser discutido nesta semana. Mas, dessa vez, movimentos LGBTs prometem encher as galerias do Palácio Pedro Ernesto para constrangerem seus defensores.

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