Política
Militares atacam os ‘saudosos da ditadura’
Em fevereiro, militares da reserva fizeram documento criticando a presidenta por permitir declarações anti-ditadura de suas ministras
Uma nota assinada pelos presidentes dos clubes Naval, da Aeronáutica e Militar criticando declarações de ministras do governo Dilma Rousseff, em fevereiro, expôs o racha vivido pelas Forças Armadas no Brasil. Um novo manifesto, desta vez escrito pelos capitães de Mar e Guerra Fernando Santa Rosa e Carlos de Souza, afirma que o primeiro texto foi redigido por fascistas, “os saudosos da ditadura”.
“Esse novo manifesto mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes discordantes”, diz o texto.
O documento foi apoiado pelo brigadeiro Rui Moreira Lima, um dos dois únicos pilotos sobreviventes que participaram do 1.º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
Lima afirma apoiar a Comissão da Verdade, para esclarecer o que realmente ocorreu durante a ditadura.
Em fevereiro, um s criticava o fato de a presidenta Dilma Rousseff não ter desautorizado as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos), em suas declarações sobre a Comissão da Verdade, e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para Mulheres), que comentou sobre o tempo em que lutou contra o regime ditatorial. Em resposta, Dilma advertiu que os autores seriam punidos.
O novo manifesto critica a intervenção do governo, pois acredita na liberdade de expressão dos militares. Recrimina, ao mesmo tempo, os torturadores que não responderam a nenhum processo, continuaram suas carreiras e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente. Ao contrário, as vítimas do período foram obrigadas a esse tipo de procedimento para continuar suas vidas, argumentam os capitães. Por fim, o texto questiona a localização dos corpos de desaparecidos na ditadura.
Uma nota assinada pelos presidentes dos clubes Naval, da Aeronáutica e Militar criticando declarações de ministras do governo Dilma Rousseff, em fevereiro, expôs o racha vivido pelas Forças Armadas no Brasil. Um novo manifesto, desta vez escrito pelos capitães de Mar e Guerra Fernando Santa Rosa e Carlos de Souza, afirma que o primeiro texto foi redigido por fascistas, “os saudosos da ditadura”.
“Esse novo manifesto mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes discordantes”, diz o texto.
O documento foi apoiado pelo brigadeiro Rui Moreira Lima, um dos dois únicos pilotos sobreviventes que participaram do 1.º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB).
Lima afirma apoiar a Comissão da Verdade, para esclarecer o que realmente ocorreu durante a ditadura.
Em fevereiro, um s criticava o fato de a presidenta Dilma Rousseff não ter desautorizado as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos), em suas declarações sobre a Comissão da Verdade, e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para Mulheres), que comentou sobre o tempo em que lutou contra o regime ditatorial. Em resposta, Dilma advertiu que os autores seriam punidos.
O novo manifesto critica a intervenção do governo, pois acredita na liberdade de expressão dos militares. Recrimina, ao mesmo tempo, os torturadores que não responderam a nenhum processo, continuaram suas carreiras e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente. Ao contrário, as vítimas do período foram obrigadas a esse tipo de procedimento para continuar suas vidas, argumentam os capitães. Por fim, o texto questiona a localização dos corpos de desaparecidos na ditadura.
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