CartaExpressa
Antes de votar o relatório, CPI desiste de pedir o indiciamento de Heinze
‘Não se gasta vela boa com defunto ruim’, disse o senador Alessandro Vieira
A CPI da Covid retirou nesta terça-feira 26 o nome do senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS) da lista de pedidos de indiciamento do relatório final da comissão.
A decisão foi tomada pelo relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que havia defendido a inclusão de Heinze no parecer, por incitação ao crime. O bolsonarista é defensor recorrente do uso de remédios ineficazes contra a Covid-19.
“Não se gasta vela boa com defunto ruim. Esta CPI fez um trabalho, prestou um serviço ao Brasil, muitíssimo relevante. Eu não posso a essa altura colocar em risco nenhum pedaço desse serviço por conta de mais um parlamentar irresponsável. Então peço a Vossa Excelência que faça a retirada”, disse Vieira.
Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), divulgou uma nota em que criticou a recomendação pelo indiciamento de Heinze. “Nunca interferi e não interferirei nos trabalhos da CPI. Mas, pelo que percebo, considero o indiciamento do Senador Heinze um excesso. Mas a decisão é da CPI”, afirmou Pacheco.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.


