Mundo

Câmara de NY retira estátua de Thomas Jefferson por seu passado racista

‘Jefferson representa algumas das partes mais vergonhosas da história do país’, disse a vereadora Adrienne Adams, que é negra

Foto: Reprodução/Youtube
Apoie Siga-nos no

A Câmara Municipal de Nova York aprovou na segunda-feira 18 a remoção da estátua de Thomas Jefferson, que permaneceu na sala da diretoria por mais de 100 anos, expulsando um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos e o primeiro autor da Declaração de Independência por seu passado escravagista.

Na segunda-feira 18, um comitê da Câmara votou por unanimidade pela retirada da estátua de Jefferson da sala de reuniões.

O ex-presidente teve mais de 600 escravos e, com uma delas, Sally Hemings, seis filhos.

Há alguns anos, vereadores de origem latina e negra reivindicam timidamente sua retirada. Depois de muita discussão, decidiu-se transferir a estátua para a Sociedade Histórica de Nova York.

“Jefferson representa algumas das partes mais vergonhosas da longa e cheia de matizes história do nosso país”, disse a vereadora Adrienne Adams, que é negra.

O debate sobre a estátua de Jefferson faz parte de um movimento nacional que surgiu na esteira da morte de George Floyd, um homem negro sufocado sob o joelho de um policial, e do Black Lives Matter.

Também se insere em um quadro de acentuada desigualdade racial, exposto pela pandemia da covid-19, e do debate sobre se os monumentos dos confederados deveriam ser removidos.

Feita de gesso com base no modelo de bronze de Jefferson em exibição na Rotunda do Capitólio, em Washington, a estátua foi encomendada em 1833 por Uriah P. Levy, o primeiro comodoro judeu da Marinha americana, para comemorar o apoio de um dos Pais da Nação à liberdade religiosa nas Forças Armadas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo