CartaExpressa
Médicos da Prevent Senior eram obrigados a cantar hino da empresa, diz advogada
Em depoimento à CPI da Covid, Bruna Morato afirmou que os profissionais faziam o gesto para sinalizar ‘lealdade e obediência’ à empresa


Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira 28, a advogada Bruna Morato, que representa médicos da Prevent Senior, afirmou que os profissionais eram obrigados a cantar um hino da instituição em determinados eventos, como uma forma de sinalizar ‘lealdade e obediência’ à empresa.
O pedido, segundo a advogada, era feito pelos ‘guardiões’ de empresa, médicos responsáveis pelos plantonistas. A advogada disse desconhecer a presença desses profissionais em outras empresas do ramo de saúde. Afirmou ainda que a categoria foi criada pelo médico geriatra Eduardo Parrillo, um dos donos da empresa, que divide a sociedade com o irmão Fernando Parrillo.
À CPI, a advogada não soube especificar a letra do hino, mas afirmou que os médicos tinham que cantá-lo levando a mão ao peito. Ainda durante seu depoimento, Morato pediu que médicos que tivessem o conteúdo o disponibilizassem para apreciação da comissão de inquérito.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Presidente da Alesp confirma instalação de CPI para investigar a Prevent Senior
Por Estadão Conteúdo
Mãe de Luciano Hang usou remédios ineficazes sem autorização no prontuário, diz advogada
Por CartaCapital