Política

Ivo Sartori e Eduardo Leite disputam segundo turno no Rio Grande do Sul

O candidato do PSDB vai a segundo turno com o adversário do MDB

Ivo Sartori e Eduardo Leite disputam segundo turno no Rio Grande do Sul
Ivo Sartori e Eduardo Leite disputam segundo turno no Rio Grande do Sul
Eduardo Leite (à direita), do PSDB, tenta impedir a reeleição de Ivo Sartori (à esquerda), do MDB
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eleicoes-selo.pngCom 100% das urnas apuradas, as eleições no Rio Grande do Sul levaram ao segundo turno os candidatos Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB) , com 35,90% e 31,11% dos votos, respectivamente.

Atual governador, Sartori iniciou sua trajetória política no Partido Comunista Brasileiro. Em 1974, entrou no MDB para se opor à ditadura. Filósofo de formação, elegeu-se vereador de Caixas do Sul e, em 1982, tornou-se candidato estadual pelo estado – foi reeleito para o cargo por quatro vezes.  

Em 2004, concorreu com sucesso à Prefeitura de Caxias do Sul e foi reeleito nas eleições seguintes. Venceu as eleições ao governo do estado em 2014, quando impediu a reeleição de Tarso Genro (PT). Sartori chegou a ser citado em uma das delações JBS à Lava Jato. A pedido de Aécio Neves (PSDB), a empresa repassou um “crédito de propina” no valor de 1,5 milhão de reais à campanha de Sartori, nas últimas eleições.

Seu adversário nesse pleito, Leite venceu as eleições para Câmara dos Vereadores de Pelotas, em 2008, e para a Prefeitura da cidade, em 2012. Com apenas 27 anos, tornou-se o prefeito mais jovem da história da cidade. Em entrevistas recentes, Leite defende a privatização para reduzir os gastos do estado e aumentar a arrecadação.

Contexto

A alternância de poder tem se mostrado um fracasso no Rio Grande do Sul. Único estado a nunca reeleger um governador, os gaúchos enfrentam o parcelamento de salários, a retirada de direitos dos trabalhadores e ameaças de venda do patrimônio público em uma das gestões mais alinhadas à agenda de cortes sociais promovidas pelo governo de Michel Temer e comandada por José Ivo Sartori (MDB) em nível local.

O desmonte geral empreendido desde 2015 tem na área da segurança seu ponto mais dramático. Desde a entrada de Sartori, seis mil policias militares se aposentaram e somente 1,5 mil entraram para a corporação.

A fragilidade das forças de segurança reflete-se no aumento da violência, levantando inclusive rumores sobre a necessidade de intervenção, repetindo o ocorrido no Rio de Janeiro. A escalada colocou Porto Alegre entre as capitais mais perigosas em 2017, com 64,1 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, conforme o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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