Política
Bolsonaro lança programa de 100 milhões de reais para policiais financiarem imóveis
De acordo com a Caixa, o subsídio pode chegar a 2.100 reais para a tarifa de contratação e até 12 mil no valor de entrada
O presidente Jair Bolsonaro participou nesta segunda-feira 13 da cerimônia de lançamento do programa Habite Seguro, que dará a profissionais da segurança pública condições diferenciadas para a compra de imóvel próprio.
Também participaram do evento os ministros Paulo Guedes (Economia), João Roma (Cidadania), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Serão contemplados pelo programa, criado via medida provisória, policiais, bombeiros, agentes penitenciários, peritos, papiloscopistas e guardas municipais. O Habite Seguro foi regulamentado por um decreto assinado por Bolsonaro nesta segunda. Conforme o texto, serão aceitos profissionais da segurança pública que:
- tenham renda mensal de até 7 mil reais;
- não possuam imóvel próprio;
- optem por um imóvel novo ou usado com valor de avaliação de até 300 mil reais.
Segundo a Justiça, para este ano, o novo programa terá 100 milhões de reais do Fundo Nacional de Segurança Pública. De acordo com a Caixa, o subsídio pode chegar a 2.100 reais para a tarifa de contratação e até 12 mil no valor de entrada (esses itens também valerão para profissionais que recebem mais de 7 mil reais mensais ou que tenham a intenção de financiar um imóvel cujo valor ultrapasse os 300 mil). O benefício também pode se somar ao subsídio concedido pelo Programa Casa Verde e Amarela.
“Não é só a Caixa que pode fazer o Habite Seguro. A Caixa é o agente operador que vai fazer com que esse recurso do Ministério da Justiça chegue até as pessoas, mas todo mundo pode emprestar”, disse Guimarães no evento desta segunda.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.