Política

Caminhoneiros condicionam liberação das rodovias a reunião com Pacheco sobre STF

Lideranças da categoria ainda não sabem se querem tratar do impeachment do ministro Alexandre de Moraes ou de toda a Corte

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Os caminhoneiros que estiveram reunidos com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira 9 para tratar das obstruções de rodovias pelo País afirmaram que só encerram o movimento se avançar a pauta anti-STF.

Um dos caminhoneiros, identificado como Francisco Dalmora Burgardt  — “Chicão caminhoneiro” — condicionou a  retirada dos caminhões a uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para tratar da ação do Supremo. Ele não deixou claro se a pauta que seria levada envolveria a deposição do ministro Alexandre de Moraes, alvo de ataques pelo presidente Jair Bolsonaro, ou de todos os demais membros da Corte.

“Permanecemos no aguardo de ser recebido pelo mesmo [Rodrigo Pacheco] e talvez exista alguma questão com relação a quanto tempo vai durar. Eu já antecipo para os senhores: estamos aguardando ser recebidos pelo senador Rodrigo Pacheco. Até que isso seja realizado, nós estamos mobilizados em todo o Brasil”, disse Burgardt.

O presidente Jair Bolsonaro pediu o fim da mobilização da categoria em um áudio, que já teve a veracidade reconhecido pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas — mas parte dos caminhoneiros ainda crê se tratar de fake news.

A paralisação vem sendo incentivada pelo caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, o ‘Zé Trovão’, que teve ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes. Considerado foragido, ele tem divulgado em grupos virtuais pedidos de reforço nas estradas e em Brasília, para invadir o STF. O movimento, segundo ele, não acontece em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, mas em nome de “patriotismo”.

 

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