CartaExpressa
Dólar dispara e Bolsa desaba no dia seguinte às ameaças golpistas de Bolsonaro
A moeda americana fechou o dia cotada a 5,326 reais na venda, o maior valor em mais de duas semanas
O dólar disparou nesta quarta-feira 8 e fechou o dia cotado a 5,326 reais na venda, o maior valor em mais de duas semanas. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, desabou 3,78%, a 113.412,84 pontos. Trata-se da maior perda diária desde 8 de março.
Esse movimento ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro proferir dois discursos golpistas. Na Avenida Paulista, em São Paulo, reiterou as ameaças contidas em pronunciamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal, estimulou a desobediência civil a decisões da Corte e ofendeu diretamente o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “canalha”.
Setores do mercado avaliam que, além da incerteza geral provocada pelos ataques de Bolsonaro, as ameaças de golpe trazem impactos imediatos sobre pautas que interessam a investidores, como a busca por uma solução para o pagamento de precatórios em 2022.
Há uma proposta em discussão, com mediação do Conselho Nacional de Justiça, para que seja definido um teto de 39,9 bilhões para o pagamento dessas dívidas judiciais no ano que vem. O restante seria pago nos anos seguintes. Com a escalada de tensões, porém, não se sabe quando uma saída será encontrada.
Relacionadas
CartaExpressa
Haddad entra em ação para tentar barrar PEC que turbina salários de juízes
Por CartaCapitalCartaExpressa
Felipe Neto é autuado por injúria após chamar Lira de ‘excrementíssimo’
Por CartaCapitalCartaExpressa
CNJ proíbe uso de multas de delações para promoção pessoal de juízes e promotores
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.