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Eduardo Bolsonaro defende que jornalistas sejam vigiados por câmeras escondidas
Durante conferência de política conservadora, o parlamentar defendeu uma versão brasileira de projeto americano
O deputado federal Eduardo Bolsonaro defendeu a criação de uma versão brasileira do Project Veritas, iniciativa que busca expor a ‘parcialidade’ de jornalistas por meio de câmeras escondidas. O parlamentar fez falas de apoio ao projeto durante Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac), realizada na sexta-feira 3 e no sábado 4, em Brasília.
“Não seria nada mal ter aqui [o projeto]. Imagina o que não rola nos corredores da Globolixo”, disse o filho de Bolsonaro.
De acordo com o parlamentar, era só “dar uma câmera escondida para uma tia do ‘zap’”. Além de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a conferência também contou com a presença de dois integrantes do Project Veritas nos Estados Unidos.
Bolsonaro recebe ex-assessor do ex-presidente Trump
O ex-assessor do ex-presidente dos EUA Donald Trump e fundador da rede social Gettr, Jason Miller, também participou da Cpac e, no domingo 5, foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro e por Eduardo Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Miller veio ao Brasil para divulgar a plataforma que ele criou depois que Trump foi banido do Facebook e Twitter.
Segundo apurou o Estadão, os três conversaram sobre sobre futebol, liberdade de expressão, situação dos EUA e a viagem de Bolsonaro ao país norte-americano, em setembro. Bolsonaro vai participar da Assembleia-Geral da ONU, de 21 a 27 deste mês, em Nova York.
Em entrevista ao Poder 360 em agosto, Miller chegou a dizer que Bolsonaro e seus filhos são afetados pela ‘censura das big techs’.
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