CartaExpressa
Democracia não se negocia e manifestações autoritárias têm de ser rechaçadas, diz Pacheco
Após encontro com governadores, o presidente do Senado afirmou que ‘nosso inimigo é o preço do feijão e da gasolina’
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta sexta-feira 2 que “não se negocia democracia”. Após reunião com governadores em Brasília, ele também declarou que democracia e Estado Democrático de Direito são conceitos e valores já assimilados pela sociedade brasileira, “de modo que estaremos sempre unidos nesse propósito”.
Ao lado de alguns governadores, como Ibaneis Rocha (DF), Wellington Dias (PI) e Hélder Barbalho (PA), Pacheco ainda argumentou que o diálogo é um “pilar” da democracia e não deve ser interrompido pelos Poderes e pelas instituições. O senador cobrou “maturidade” para enfrentar os desafios concretos que se apresentam ao País.
“Há um sentimento geral de que, a despeito de divergências, temos problemas para ontem. Nosso inimigo não está entre nós. Nosso inimigo é o preço do feijão, o preço da gasolina, da luz elétrica, dos alimentos em geral. Precisamos discutir isso no Brasil, não perder tempo com aquilo que não convém”, afirmou.
Questionado sobre os atos bolsonaristas de 7 de setembro, marcados por pautas antidemocráticas e ataques ao Poder Judiciário, Pacheco declarou que manifestações são “o que há de mais bonito da democracia”, mas disse ser “um contrassenso alguém defender retrocesso democrático se manifestando, porque a manifestação é própria da democracia”.
“Obviamente que pontos de manifestação que visem retroceder democracia, não ter eleições, ter algum tipo de intervenção ou autoritarismo, isso tem de ser rechaçado, porque não é democrático, nem patriótico. Mas as manifestações são muito bem-vindas. Espero que todas as manifestações de 7 de setembro sejam cívicas”, completou.
Relacionadas
CartaExpressa
Após negociação com Haddad, Senado adiará votação da PEC que turbina os salários de juízes e promotores
Por CartaCapitalCartaExpressa
O que se sabe sobre a morte do homem que caiu de edifício em São Paulo após ação da PM
Por André LucenaCartaExpressa
TSE condena União Brasil a devolver R$ 765 mil por gastos irregulares do PSL em 2018
Por Marina VereniczCartaExpressa
Kassio libera para julgamento ação sobre a Lei das Estatais; relembre o que está em jogo
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.