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Pacheco ‘repudia’ declarações golpistas de Bolsonaro, mas pede diálogo para ‘dirimir controvérsia’

‘O presidente não pode agredir a Suprema Corte’, declarou o presidente do Senado, em meio à escalada das tensões

Pacheco ‘repudia’ declarações golpistas de Bolsonaro, mas pede diálogo para ‘dirimir controvérsia’
Pacheco ‘repudia’ declarações golpistas de Bolsonaro, mas pede diálogo para ‘dirimir controvérsia’
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta sexta-feira 6 que repudia “toda alegação que pregue a ilegalidade, a ruptura ou algo fora do comando constitucional”. Questionado sobre a ameaça do presidente Jair Bolsonaro de agir “fora das quatro linhas da Constituição”, o parlamentar declarou que a afirmação é “grave”.

“Temos que ser absolutamente fiéis à Constituição”, disse Pacheco em entrevista à GloboNews. Para ele, há um “esgarçamento” das relações institucionais, o que impõe a necessidade de “identificar a razão do descontentamento e remediá-la”.

Pacheco também analisou os ataques e as ameaças de Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

“Nem o presidente nem qualquer cidadão pode agredir a Suprema Corte. Pode criticar, questionar, apontar equívocos, mas ironias e agressões não calham numa relação que pretende ser institucional, republicana e respeitosa”, prosseguiu.

Nesse contexto, Pacheco disse respeitar a decisão do presidente do STF, Luiz Fux, de cancelar uma reunião com Bolsonaro, ante a escalada das agressões do presidente da República. “Mas ele [Fux] certamente, pelo espírito republicano que tem, haverá de concordar, em algum momento, que possamos todos sentar à mesa para dirimirmos as controversas e encontrarmos uma solução. Não podemos interromper o diálogo”.

Segundo o senador, “toda alegação, de quem quer que seja, que pregue a ilegalidade, uma ruptura ou algo que seja fora do comando constitucional deve ser rechaçada de pronto. Qualquer que a diga deve ser repudiado, não há dúvida”.

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