CartaExpressa

Bolsonaro é o presidente que mais gasta com emendas ao Congresso e o que aprova menos projetos

O governo pagou 41,1 bilhões de reais em emendas aos congressistas, calcula jornal

Bolsonaro é o presidente que mais gasta com emendas ao Congresso e o que aprova menos projetos
Bolsonaro é o presidente que mais gasta com emendas ao Congresso e o que aprova menos projetos
Foto: Isac Nóbrega/PR
Apoie Siga-nos no

Em seus dois anos e 7 meses de governo, Jair Bolsonaro pagou 41,1 bilhões de reais em emendas para congressistas, valor mais alto entre todos os presidentes desde 2003. Ao mesmo tempo, Bolsonaro aprovou apenas 83 propostas, entre projetos de lei, medidas provisórias e propostas de emenda à Constituição.

O levantamento, publicado nesta segunda-feira 2 pelo jornal O Estado de S.Paulo, indica que o uso das chamadas emendas de relator-geral, conhecidas como RP 9, acelerou consideravelmente sob Bolsonaro. Trata-se de um ‘instrumento’ do qual o governo se utiliza para liberar recursos a parlamentares aliados, de forma pouco transparente.

Os gastos com RP 9 somaram 8,34 bilhões em 2020 e 4,51 bilhões até este momento em 2021, de acordo com o jornal. No ano passado, marcado pela pandemia de Covid-19 e pela crise econômica, registrou-se o maior pagamento em emendas desde 2003: 22,6 bilhões de reais, ao todo.

Além disso, a tendência é de aprofundamento das relações entre Bolsonaro e parlamentares aliados (e aqueles que podem vir a cerrar fileiras com o governo). Não à toa, o presidente retirou da Casa Civil o general Luiz Eduardo Ramos, cuja capacidade de articulação política era questionada por parlamentares, e entregou o comando da pasta ao senador Ciro Nogueira, presidente do PP, líder do Centrão e aliado de ocasião do governo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo