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Contra a CPI, ministro de Bolsonaro sai em defesa da Jovem Pan e diz que a emissora é ‘essencial’
Fábio Faria, das Comunicações, criticou o requerimento de Renan Calheiros que pode quebrar o sigilo bancário da rádio


O ministro das Comunicações, Fábio Faria, defendeu neste domingo 1 a rádio Jovem Pan, que entrou na mira da CPI da Covid como “grande disseminadora das chamadas ‘fake news‘. O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), protocolou um requerimento para quebrar o sigilo bancário da emissora.
Para o ministro bolsonarista, “é um erro mirar veículos de imprensa, como a Jovem Pan, que desempenha um papel essencial para o País”.
“Precisamos de diversidade de ideologias e posições políticas, sem cerceamento, para garantir a liberdade de expressão e uma sociedade democrática”, acrescentou, nas redes sociais.
Renan quer obter detalhes sobre as movimentações bancárias da emissora desde o início de 2018. Segundo o senador, “deve ser apresentada análise comparativa entre os períodos, anterior e posterior à situação de pandemia, até a presente data”.
Além disso, destaca o parlamentar, “a quebra, a transferência e todas as análises, em especial a comparativa (…), deverão ser elaboradas com dados e informações, outrossim ligações com outras pessoas naturais e jurídicas, disponíveis nas diversas bases de dados da Receita Federal do Brasil”.
A CPI volta do recesso na próxima terça-feira 3, com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, apontado por representantes da Davati Medical Supply como um “intermediador” entre o governo federal e empresas que ofereciam vacinas.
Para que o requerimento de Renan Calheiros seja aprovado, tem de receber o endosso da maioria dos 11 membros titulares da comissão.
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