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Maia: Devemos lembrar de Bolsonaro como um erro que não deve se repetir

‘Mesmo um presidente tão ruim para as instituições e para os brasileiros deve ser lembrado, só assim não cometeremos os mesmos erros’

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia. Foto: Nakara Araújo/Câmara dos Deputados
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O deputado Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados, esquivou-se da responsabilidade de não ter pautado nenhum dos mais de 60 pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro protocolados enquanto esteve à frente da Casa. A justificativa foi dada em entrevista à rádio Jovem Pan nesta segunda-feira 19.

De acordo com o parlamentar, a “base do governo era sólida” e não havia votos suficientes, o que faria Bolsonaro sair ainda mais fortalecido do processo.

“Naquela época, a Câmara não somava a quantidade de votos necessária para dar continuidade ao impeachment. O processo seria derrubado e isso fortaleceria ainda mais o governo”, justificou.

O parlamentar afirmou que não acredita que seu sucessor na Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pautará o afastamento.

“Hoje, a situação de Bolsonaro é muito pior do que há um ano. Mesmo assim, a probabilidade de um impeachment prosperar é muito pequena”, avaliou.

Maia também fez uma nova rodada de críticas ao presidente, chamando a eleição de 2018 de erro e criticando o voto impresso.

“Mesmo um presidente tão ruim para as instituições e para os brasileiros deve ser lembrado, só assim não cometeremos os mesmos erros. Brasileiros devem lembrar de Bolsonaro como um erro que não deve se repetir a partir de 2022”, afirmou.

Sobre o voto impresso, Maia disse acreditar que o projeto tem um caráter antidemocrático e por isso deve ser rejeitado rapidamente.

“Espero que a Câmara rejeite a PEC do voto impresso ainda na Comissão porque a intenção desse projeto não é aprimorar o sistema, mas questioná-lo. Todo ato que questiona o Estado Democrático de Direito precisa ser rechaçado”, destacou. O parlamentar acrescenta ainda que o Congresso “deveria se apressar para rejeitar a proposta, assim poderia se ocupar com o que realmente importa: a vacinação e os índices crescentes de desemprego, inflação e informalidade”.

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