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Nos EUA, Lula defende engajamento de trabalhadores

No evento, o líder do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automobilística dos EUA comparou o ex-presidente a Nelson Mandela

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no domingo 4, durante a cerimônia de abertura do Congresso Nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automobilística e Aeroespacial dos EUA (UAW), em Washington, que os trabalhadores não devem se unir apenas por salários, mas também por direitos.

 

“Os trabalhadores precisam defender a si mesmo, não [delegar a] políticos que nunca estiveram num chão de fábrica. Ninguém mais vai defender os trabalhadores, e vocês sabem disso”. E comentou sobre a tentativa de uma fábrica da Nissan, em Mississipi, de bloquear a atividade do sindicato: “Não podemos deixar isso acontecer”.

Lula falou de improviso durante quase duas horas diante de uma plateia de cerca de 1200 pessoas e foi aplaudido diversas vezes.

O ex-presidente a estimulou os trabalhadores norte-americanos a buscarem uma maior participação política em seu país. “Em 30 anos, construímos o maior partido de esquerda da América Latina”, disse. E foi apoiado por Bob King, presidente da UAW. “Se o Lula virou presidente, por que não podemos concorrer a mais cargos eletivos?”. Bob King apresentou Lula usando uma camisa do Corinthians, que recebeu de presente do ex-presidente pouco antes da conferência. “Esta noite para mim é uma honra parecida com receber Nelson Mandela na UAW”, completou.

Ainda durante seu discurso, Lula lembrou da importância da organização dos trabalhadores em todo o mundo. “Na era da globalização, precisamos globalizar os direitos dos trabalhadores”.

Ele recordou que a UAW o apoiou quando ele foi preso pelo regime militar e contou, entre outros “causos”, uma conversa que teve com Bush, quando o então presidente americano buscava apoio para a guerra contra o Iraque. “Presidente, meu inimigo não é o Iraque, mas a fome do povo brasileiro”.

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