Mundo
Chávez agradece por ‘lealdade’ das Forças Armadas, diz vice
Nicolas Maduro diz que recebeu o recado por meio do ministro da Ciência e genro de Chávez, Jorge Arreaza
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, hospitalizado em Havana há mais de um mês, agradeceu à Força Armada Nacional Boliviariana (FANB) “por tanta lealdade e amor” para com ele, informou nesta quarta-feira 16 o vice-presidente, Nicolás Maduro, em uma cerimônia militar em Caracas.
“Nos disse para transmitir do seu coração à FANB todo seu agradecimento por tanta lealdade de vocês para com o ‘comandante’, um soldado humilde desta pátria”, disse Maduro ao citar a conversa que manteve na noite de terça-feira com o ministro da Ciência e genro de Chávez, Jorge Arreaza, que permanece em Havana ao lado do presidente. “Obrigado a todos e a todas por tanta lealdade e tanto amor”, agradeceu Maduro em um ato na Academia Militar.
Maduro, nomeado por Chávez seu herdeiro político caso não possa retomar o poder após a quarta operação contra um câncer, retornou de Cuba na noite de segunda-feira, onde constatou que o estado de saúde do presidente “está progredindo”.
Chávez, reeleito no dia 7 de outubro passado para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, deveria tomar posse no dia 10 de janeiro, mas o Tribunal Supremo de Justiça permitiu um adiamento e concluiu pela vigência do atual governo.
Na cerimônia militar desta quarta-feira, na qual a FANB entregou ao governo suas propostas para o Plano Socialista da Pátria no período 2013-2019, o ministro da Defesa, almirante Diego Molero, assegurou que “as soldados e os soldados da pátria acatam e farão cumprir a decisão do TSJ”.
“A FANB apoiará os poderes e as instituições do estado socialista e revolucionário em cumprimento da decisão” do TSJ, “ao tempo que ratifica sua subordinação e lealdade incondicional, agora mais do que nunca, ao comandante Hugo Chávez Frías”, destacou Molero em um discurso.
Molero considerou que tal decisão “fixa uma posição firme e afasta as obscuras pretensões de grupos radicais que buscam criar o caos e subverter a ordem interna”, em referência a supostos planos de desestabilização por parte de alguns setores da oposição.
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