Política

Luis Miranda pede à CPI da Covid a prisão de Onyx Lorenzoni

O deputado do ‘caso Covaxin’ diz ter sido vítima de ameaças pelo chefe da Secretaria-Geral da Presidência

Onyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro. Foto: Sergio Lima/AFP
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O deputado Luis Miranda (DEM-DF) acaba de protocolar um pedido de prisão por coação contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o assessor da Casa Civil Élcio Franco à CPI da Covid, no Senado.

No documento, Miranda alega ter sido vítima de ameaças pelos dois em coletiva realizada nesta quarta 23. Onyx afirmou que o presidente Jair Bolsonaro determinou uma investigação da Polícia Federal sobre o parlamentar e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda, do Ministério da Saúde. O motivo são as denúncias sobre um esquema de corrupção na compra de vacina contra Covid-19.

“Contaram com o apoio de todo aparato estatal da Presidência da República, a saber, convocaram a imprensa para uma coletiva (….) para prejudicar a mim e meu irmão”, diz o documento endereçado ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), por Miranda.

“Ele vai se entender com Deus e com a gente também”, disse o ministro em pronunciamento no fim da tarde no Palácio do Planalto.

A CPI decidiu convocar Onyx e acusa o chefe da pasta de coação e obstrução da investigação após denúncias feitas por Miranda. O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), citou a possibilidade de pedir a prisão do ministro.

Aliado do governo, o deputado Luis Miranda afirmou ter levado a Jair Bolsonaro, em 20 de março, denúncia sobre suposto esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin. O governo nega irregularidades na negociação.

“Nenhuma Comissão Parlamentar de Inquérito, em nenhum Parlamento pode ficar exposta à coação à testemunha. É obstrução ao nosso dever de investigar”, disse Renan Calheiros antes do início da sessão da CPI, nesta quinta-feira 24, classificando a atuação de Onyx como “abominável”. “Nós vamos convocá-lo imediatamente e se ele reincidir, nós vamos requisitar a prisão dele.”

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