Política

‘Campanha Fora, Bolsonaro’ convoca nova manifestação para 24 de julho

Protesto será uma reedição dos atos de 29 de maio e 19 de junho; organizadores tentam ampliar a pressão pelo avanço do impeachment

‘Campanha Fora, Bolsonaro’ convoca nova manifestação para 24 de julho
‘Campanha Fora, Bolsonaro’ convoca nova manifestação para 24 de julho
Protesto contra Jair Bolsonaro em Brasília, em 19 de junho. Foto: Sergio Lima/AFP
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A Campanha Fora, Bolsonaro, composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, e por entidades como a União Nacional dos Estudantes, convocou para 24 de julho uma nova manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro.

O protesto será uma reedição dos atos de 29 de maio e 19 de junho. No mais recente deles, os organizadores estimam que 750 mil pessoas foram às ruas em 427 manifestações espalhadas pelo País. Também foram registrados atos no exterior.

Entre as pautas que unificaram a mobilização, estão o impeachment de Bolsonaro, a intensificação da vacinação e a retomada do auxílio emergencial de 600 reais.

“Daqui até esse dia [24 de julho] devemos construir um processo de mobilização e ampliação para que os atos sejam ainda maiores. Teremos o ato de entrega do super pedido de impeachment em Brasília, plenárias nacionais, assembleias locais e dia de paralisação. É muita luta!”, escreveu nas redes sociais o presidente da UNE, Iago Montalvão.

O movimento tenta ampliar a pressão para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acolha um dos mais de 100 pedidos de impedimento contra Jair Bolsonaro.

Em entrevista publicada pelo jornal O Globo nesta terça-feira 22, porém, Lira afirmou que não há ‘circunstância’ para a abertura de um processo. “O impeachment é feito com circunstâncias, com uma política fiscal desorganizada, uma política econômica troncha. O impeachment é político”, disse.

O presidente da Câmara então foi questionado se as 500 mil mortes pela Covid-19 não seriam motivos suficientes para pautar o processo. “499 mil [mortes] seriam. 501 mil seriam. Uma seria. A questão é sobre se tem [circunstâncias]. Tem? Ou é uma parte que está pedindo? Vai resolver o quê? É o [vice-presidente Hamilton] Mourão que vai resolver? O que é que vamos fazer com o impeachment?”.

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