Mundo
“Kim Jong-Un cometerá um grande erro se decidir lançar um míssil”, diz John Kerry
Coreia do Norte ameaçou Japão com “com chamas nucleares” caso o país se envolva em um eventual conflito na região na península coreana


O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou nesta sexta-feira 12 que Kim Jong-Un, comandante da Coreia do Norte, cometerá um grande erro se continuar com planos de disparar um míssil na península coreana.
“Se Kim Jong-Un decidir lançar um míssil, seja sobre o mar do Japão ou em qualquer outra direção, estará escolhendo obstinadamente ignorar toda a comunidade internacional”, disse a jornalistas em Seul, na Coreia do Sul.
“Será um grande erro de sua parte, já que isolará ainda mais o país”, disse Kerry, acrescentando que os norte-coreanos querem alimentos, não um “líder que mostre seus músculos”.
A Coreia do Norte ameaçou o Japão nesta sexta com represálias nucleares caso o país se envolva de alguma forma em um eventual conflito na região. A agência oficial do país, KCNA, classificou de provocadoras as declarações de Tóquio dizendo que poderia interceptar um míssil lançado por Pyongyang e advertiu que isto poderia deixar o Japão envolvido “em chamas nucleares”.
Kerry pediu uma vez mais à China, único aliado de peso e apoio econômico da Coreia do Norte, que procure acalmar Pyonyang. “Os dirigentes norte-coreanos devem preparar-se para viver segundo as obrigações e os critérios internacionais, que eles aceitaram”, declarou Kerry. “A China tem um enorme potencial para marcar a diferença sobre este tema.”
Kerry viajará a Pequim no sábado e, depois, no domingo, irá ao Japão.
O chefe da diplomacia americana enfatizou, que apoia a “visão” do novo governo sul-coreano a favor da construção de um vínculo de confiança com a Coreia do Norte.
Durante sua campanha eleitoral, a nova presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, se distanciou da intransigência que caracterizava a política do ex-presidente Lee Myung-Bak em relação ao vizinho. Mas a chegada de Park em fevereiro coincidiu com a brusca escalada da tensão na península.
Com informações AFP.
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