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CFM condena ‘humilhação’ de médicos na CPI da Covid

Em nota, o conselho afirma que senadores têm criado situações que desmoralizam os profissionais da classe

A médica Nise Yamaguchi. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O Conselho Federal de Medicina publicou nesta quarta-feira 2  uma ‘moção de repúdio’ ao tratamento de alguns senadores, durante a CPI da Covid, a médicos que depõem à comissão. No comunicado, o CFM “lamenta que esses médicos chamados a depor estejam sendo submetidos a situações de constrangimento e humilhação”.

“Ao comparecer na CPI da Pandemia, qualquer depoente ou testemunha tem garantidos seus direitos constitucionais, não sendo admissíveis ataques à sua honra e dignidade, por meio de afirmações vexatórias”, aponta o comunicado.

“O que tem sido exibido em rede nacional configura situação inaceitável e incoerente com o clima esperado em um ambiente onde as discussões devem se pautar pela transparência e idoneidade. Em lugar disso, testemunha-se situações que desmoralizam os médicos e as médicas”, acrescenta a moção.

O CFM ainda afirmou que a manifestação se refere “aos médicos e médicas depoentes enquanto indivíduos, não significando apoio aos seus posicionamentos técnicos, éticos, políticos, partidários e ideológicos. Na CPI, eles responderão por suas ações e omissões, as quais, se forem consideradas indevidas, serão alvo de providências por parte do Ministério Público e de outros órgãos competentes”.

 

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