Política
Deputado bolsonarista protocola projeto para extinguir a UERJ
Anderson Moraes (PSL-RJ) argumenta que a universidade tem um ‘nítido aparelhamento ideológico com viés socialista’


O deputado estadual Anderson Moraes (PSL-RJ) protocolou na terça-feira 25 um Projeto de Lei em que propõe extinguir a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Ligado ao presidente Jair Bolsonaro, Moraes argumenta que a universidade tem um “nítido aparelhamento ideológico com viés socialista”. A UERJ é considerada a nona melhor universidade do Brasil e uma das 60 melhores do mundo.
O deputado propõe também a transferência de vagas para universidades privadas e o leilão dos prédios públicos que hoje abrigam os estudantes.
“A UERJ é um dos órgãos estaduais que causa maior impacto no orçamento estadual, concentrando milhões de reais do pagador de impostos numa estrutura pesadas e com resultados contestáveis”, justifica Anderson.
Protocolamos projeto de lei que dispõe sobre a extinção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ – e a transferência da oferta de vagas à instituições privadas.
BALBÚRDIA nas universidades custeadas com o dinheiro do povo, nós não iremos aceitar!— Anderson Moraes (@deputadomoraes) May 25, 2021
Presidente da Alerj descarta votar projeto
O presidente da Alerj, o deputado André Ceciliano (PT), afirmou nesta quarta-feira 26 que o projeto não será votado em sua gestão.
“Enquanto eu for presidente, não vota. É inconstitucional e isso seria atribuição do Poder Executivo”, diz Ceciliano, que exaltou a Uerj.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.