Política

Randolfe oficializa pedido de quebra de todos os sigilos de Pazuello

No requerimento, o senador cita indícios de fraudes em contratos do Ministério da Saúde revelados pela TV Globo

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, protocolou nesta quarta-feira 19 um requerimento pela quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

O que embasa o pedido do parlamentar é a reportagem exibida na terça-feira 18 pelo Jornal Nacional, da TV Globo, que aponta uma série de indícios de fraudes em contratos celebrados pelo Ministério da Saúde no Rio, durante a gestão de Pazuello.

As possíveis irregularidades teriam sido registradas no processo de escolha, sem licitação, de empresas que teriam a responsabilidade de reformar prédios antigos.

“É essencial, desta forma, que esta comissão averigue os relatos feitos na imprensa sobre essas possíveis fraudes, na medida em que, se comprovados, revelarão o cometimento de crimes e atos de improbidade administrativa”, diz trecho do documento de Randolfe.

Todos os requerimentos têm de ser aprovados pela maioria dos membros da CPI.

De acordo com a reportagem, o coronel da reserva George Divério autorizou em novembro de 2020 duas contratações sem licitação que, somadas, se aproximam de 30 milhões de reais. O militar foi nomeado por Pazuello em junho para comandar a Superintendência do Ministério da Saúde no Rio.

O telejornal informou ainda que dois sócios da empresa LLEED Soluções, indicada para reformar galpões na zona norte da cidade do Rio, haviam se envolvido em um escândalo em contratos com as Forças Armadas. Tratam-se de Fábio de Resende Tonassi e Celso Fernandes de Mattos.

Também em novembro, Divério autorizou uma ampla reforma na sede do Ministério da Saúde no Rio, ao custo de cerca de 20 milhões de reais, mais uma vez sem licitação. Uma microempresa chamada SP Serviços teria sido convidada a realizar a obra.

Diante dos indícios de fraude, a Advocacia-Geral da União reprovou as dispensas de licitação e os contratos foram anulados. Mas a AGU defende a investigação dos indícios de conluio entre os servidores e a empresa contratada.

À TV Globo, a Superintendência do Ministério da Saúde no Rio declarou que atuou dentro da normalidade em relação à dispensa de licitação.

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