CartaExpressa
Quilo da picanha oferecida no churrasco de Bolsonaro custa R$ 1.800
Nos registros do encontro aparecem duas embalagens de 350g da ‘picanha mito’, ao custo de R$ 600 cada
Entre as carnes oferecidas pelo presidente Jair Bolsonaro a convidados de um churrasco no Palácio da Alvorada no último domingo 9 havia uma picanha de gado da raça wagyu, de origem japonesa, cujo quilo custa 1.800 reais. A informação é do blog Cozinha Bruta, da Folha de S.Paulo.
Em uma das imagens divulgadas nas redes sociais pelo perfil ‘Churrasco do Tche’ é possível ver duas embalagens com a mensagem ‘Brasil acima de tudo. Deus acima de todos’ e uma menção ao perfil do Frigorífico Goiás. O frigorífico também publicou a foto, referindo-se à carne como ‘picanha mito’.
Em contato com a empresa, o blog hospedado pela Folha ouviu que a ‘picanha mito’ estava fora de estoque. Havia, no entanto, a mesma carne, em outra embalagem, ao custo de 600 reais por 350 gramas.
Pelas fotos, nota-se que havia, ao menos, duas peças de 350 gramas de picanha. O custo mínimo, portanto, seria de 1.200 reais, embora não haja registro de que o presidente pagou pelos produtos.
Tche, que viajou de Belém (PA) a Brasília, é conhecido como ‘Churrasqueiro dos Artistas’. Ele também já apareceu ao lado, entre outros, da ministra Damares Alves.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.