Mundo
Comunidade internacional cada vez mais preocupada com confrontos em Jerusálem
Ataque violento da polícia israelita já deixou mais de 200 palestinos feridos
Pela segunda noite consecutiva, a polícia israelita envolveu-se em confrontos com manifestantes palestinianos causando mais de 90 feridos nas ruas de Jerusálem, levando o Papa Francisco e outros actores internacionais a pedirem o fim da violência na Cidade Santa.
“A violência só leva a mais violência. Travemos estes confrontos“, pediu o Papa Francisco na menssagem de domingo, após a habitual oração na praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, apelando a uma trégua entre forças israelitas e manifestantes.
Também o Quarteto do Oriente Médio, composto pelos Estados Unidos, Rússia, Organização das Nações Unidas e União Europeia, que acompanha o processo de paz entre Israel e a Palestina, mostrou “uma preocupação profunda” em relação ao reacender das tensões, pedindo a Israel para “conter a resposta“.
Israel já se defendeu, considerando que está apenas “a fazer respeitar a ordem de forma responsável, assegurando a liberdade de culto“, segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O Hamas, movimento islâmico no poder em Gaza, pediu aos palestinianos para se manterem no Monte do Templo até quinta-feira, fim do Ramadão, ameaçando Israel de mais violência caso o Supremo Tribunal do país valide as expulsões no bairro de Shaikh Jarrah, em Jerusálem Oriental.
As tensões entre palestinianos e israelitas acontecem num contexto em que Israel continua a ameaçar de expulsão os moradores do bairro de Shaikh Jarrah, em Jerusálem Oriental. Esta parte da Cidade Santa é, segundo as autoridades palestinianas, a futura capital de um possível Estado independente da Palestina.
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