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Documentos apresentados por bolsonaristas foram produzidos pelo governo

O objetivo dos governistas é tentar mostrar que Bolsonaro defendeu tratamento precoce baseado na ciência

O presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento sobre preço dos combustíveis e a política de reajustes adotada pela Petrobras. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Pedidos de convocação apresentados por senadores bolsonaritas na CPI da Covid indicam que os documentos foram produzidos por uma assessora do Palácio do Planalto.

Segundo analisou o jornal O Globo,  o governo federal produziu para senadores aliados o pedido de convocação de cinco especialistas associados à defesa do tratamento precoce e contrários ao lockdown.

Informações registradas no Senado apontam que em sete arquivos protocolados pelos parlamentares Ciro Nogueira (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC) constam o nome de uma assessora da Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares (SEAP), vinculada à Secretaria de Governo, área responsável pela articulação política.

As informações estão presentes nos chamados “metadados” dos arquivos enviados ao Senado pelos parlamentares. Eles funcionam como uma espécie de RG de cada arquivo em um computador.

Entre os nomes nos documentos está a da a médica Nise Yamaguchi, defensora do uso da cloroquina, e do prefeito de Chapecó, defensor do tratamento precoce.

A ideia, segundo integrantes do governo, é tentar provar que o presidente Jair Bolsonaro fazia a defesa do uso de medicamentos sem eficácia comprovada com base em especialistas e pesquisadores sobre o tema.

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