Política
Grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” sofre ataque no Facebook
Grupo rapidamente atingiu mais de 1 milhão de participantes. Administradoras foram ameaçadas e página está fora do ar


O grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” no Facebook sofreu ataques de hackers neste fim de semana. Mais de 1 milhão de mulheres fazem parte da iniciativa, além de outros milhares de convites a serem analisados.
O “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” cresceu rapidamente e ganhou repercussão nas redes sociais como espaço para se opor à candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência.
Neste domingo 16, a página está fora do ar. Segundo o jornal El País, o Facebook removeu temporariamente o grupo após detectar atividade suspeita. A empresa está trabalhando para “restaurar o grupo às administradoras”.
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Administradoras do grupo afirmaram ao site Catraca Livre que o perfil de uma delas na rede social foi invadido na quinta-feira 13 e seus dados pessoais foram expostos. Outra administradora disse ter sido ameaçada via WhatsApp para que encerrasse o “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, recebendo inclusive uma mensagem com seus dados.
Com o perfil da administradora hackeado, mensagens ofensivas foram postadas no grupo. Além disso, a imagem do grupo foi alterada por usuários identificados como Eduardo Shinok e ‘Felipe Shinok, segundo o El País.
O nome do grupo chegou a ser alterado para “Mulheres COM Bolsonaro”.
Pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira 10 mostra que a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres atinge 49%. O eleitorado brasileiro é composto por 53% de mulheres.
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