Política

Atuação de Bolsonaro na pandemia é rejeitada pela maioria dos brasileiros, mostra pesquisa

Atraso na vacinação, falta de auxílio e negacionismo fazem a popularidade do presidente despencar

Atuação de Bolsonaro na pandemia é rejeitada pela maioria dos brasileiros, mostra pesquisa
Atuação de Bolsonaro na pandemia é rejeitada pela maioria dos brasileiros, mostra pesquisa
Foto: EVARISTO SA / AFP
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Com a piora da pandemia no Brasil, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro caiu e a rejeição ao governo federal atingiu 51,2%, um recorde, de acordo  com pesquisa de opinião realizada pela EXAME/IDEIA, divulgada nesta sexta-feira 9.

O maior índice, até agora, era de 49%, constatado em março.

Os que avaliam o governo como ótimo/bom são 24%, de acordo com o levantamento. Bolsonaro é considerado regular por 22% dos entrevistados.

Quando questionados sobre a avaliação do trabalho do presidente na pandemia, 39% classificam como péssima, 16% ruim e apenas 9% avaliam o trabalho do ex-capitão como bom. Esse é o pior resultado desde junho do ano passado, quando atingiu 54%. Naquele momento, a liberação da primeira rodada do auxílio ainda estava no começo e uma pequena parcela da população havia recebido o benefício.

“O aumento do número de mortes pela pandemia, o ritmo de vacinação e o efeito ainda limitado do novo auxílio contribuem para esse viés negativo”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA.

Confiança no SUS e nas prefeituras

A pesquisa mostra ainda que a confiança do brasileiro no Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou durante a pandemia.

Segundo a pesquisa, 35%  dos entrevistados começaram a confiar mais no SUS e para 61%, o sistema público de saúde tem mais competência e capacidade para lidar melhor com os efeitos da pandemia do que o sistema privado.

O aumento da confiança também foi sentida nas prefeituras das cidades:  24% dos ouvidos passaram a confiar mais em seus prefeitos no último ano.

Já o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram os recordistas de perda de confiança: 36% deixaram de acreditar no executivo  e 27% na suprema Corte.

A pesquisa realizou 1.259 entrevistas nos últimos 15 dias. A margem de erro de 3 pontos percentuais.

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