Política

XP/Ipespe: Em alta, rejeição ao governo Bolsonaro chega a 48%

A pesquisa ainda mostrou Lula e Bolsonaro tecnicamente empatados em disputa eleitoral, com 29% e 28% das intenções de voto, respectivamente

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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A rejeição ao governo do presidente Jair Bolsonaro continua em alta: 48% consideram o governo ruim ou péssimo, segundo nova edição da pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira 5. O índice é três pontos percentuais maior do que o registrado no último levantamento.

 

Segundo dados da pesquisa, a alta de rejeição ao governo começou em outubro. Desde então, a avaliação negativa saltou de 31% para os 48% atuais. Ao mesmo tempo, o índice dos que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 39% para 27%.

O levantamento indica que ainda são maioria os brasileiros que avaliam como ruim ou péssimo a condução do governo frente à pandemia, embora a taxa tenha oscilado de 61 para 58%.

O estudo XP/Ipespe também avaliou a percepção sobre os governadores, com piora nos índices. Passou de 23% em fevereiro para 31% os que consideram ruim ou péssima a atuação do governador de seu estado..

Chama a atenção também o percentual de brasileiros que diz temer a pandemia nesse momento: 55%, contra 40% do último levantamento.

Cenário eleitoral

A pesquisa mostra que, a cerca de um ano e meio da eleição presidencial de 2022, o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro permanecem tecnicamente empatados na liderança, mas agora com o petista numericamente à frente. Ele tem 29% das intenções de voto ante 28% de Bolsonaro. No levantamento anterior, Lula tinha 25%, e Bolsonaro, 27%.

Sergio Moro e Ciro Gomes vêm na sequência, com 9% cada.

Nas simulações de segundo turno, Lula também está numericamente à frente de Bolsonaro, com 42% a 38% — na pesquisa do início de março, Bolsonaro tinha 41% e Lula, 40%. Em outros cenários testados, o presidente Bolsonaro aparece empatado com Sergio Moro, ambos com 30%, e com Ciro Gomes, ambos com 38%.

Personalidades políticas

Os entrevistados também foram instados a atribuir notas a personalidades da política — a última vez em que esse bloco de perguntas havia sido aplicado foi em setembro de 2020. Os números mostram uma deterioração na imagem de nomes ligados ao governo: a nota média de Bolsonaro passou de 5,1 para 4,1, a de Paulo Guedes de 5,5 para 4,7, e a do vice, General Mourão, de 5,2 para 4,8 – ele passou a ser o integrante do governo mais bem avaliados entre os testados.

Também teve queda significativa o ex-ministro Sergio Moro, que passou de 5,7 para 4,5.

Na outra ponta, o ex-presidente Lula melhorou sua avaliação, de 4,5 para 4,7, e Ciro Gomes se manteve estável, com 4,3. Outros nomes apontados como presidenciáveis, João Doria (4,1 em setembro para 4,0 agora) e Luciano Huck (4,4 para 4,2) sofreram impacto negativo, mas reduzido.

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