CartaExpressa
Mourão: Bolsonaro ‘é o responsável por tudo o que aconteça’ na Saúde
O vice-presidente minimizou a autonomia do ministro da Saúde no enfrentamento à pandemia


O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta terça-feira 16 a autonomia do ministro da Saúde sobre a definição de políticas para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.
Um dia depois de o governo federal anunciar a substituição do general Eduardo Pazuello pelo cardiologista Marcelo Queiroga no comando do Ministério da Saúde, Mourão afirmou que o chefe da pasta apenas executa as ordens do presidente Jair Bolsonaro.
“A função do ministro quem define, é o decisor, é o presidente da República. O ministro é um executor das decisões do presidente da República. Até por isso, então, o presidente é o responsável por tudo o que aconteça ou deixe de acontecer. Essa é a realidade”, disse Mourão ao G1.
Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Brasil tem 279.286 mortes causadas pela Covid-19. O total oficial de infectados é de 11.519.609, de acordo com números atualizados na noite da segunda-feira 15.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.