Política

Jornalistas da Folha são baleados durante cobertura das manifestações em São Paulo

Policial da Rota atirou contra um grupo de jornalistas com balas de borracha. Dois foram atingidos no olho e outros cinco ficaram feridos

Jornalistas da Folha são baleados durante cobertura das manifestações em São Paulo
Jornalistas da Folha são baleados durante cobertura das manifestações em São Paulo
Jornalista Giuliana Avallone, da TV Folha, ferida no olho
Apoie Siga-nos no

Dois jornalistas da Folha de S.Paulo foram baleados nesta quinta-feira 13, enquanto realizavam a cobertura das manifestações contra o aumento das tarifas de transporte coletivo em São Paulo. Giuliana Vallone e Fábio Braga levaram tiros de bala de borracha nos olhos.

De acordo com o blog Estadão Urgente, do jornal O Estado de S.Paulo, Giuliana, da TV Folha, estava em um estacionamento na rua Augusta, no centro de São Paulo, quando uma viatura das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) “se aproximou em baixa velocidade e um PM que estava no banco de trás atirou contra ela.” A Rota, espécie de tropa de elite da Polícia Militar, é conhecida pela extrema violência com que age nas ruas de São Paulo, em especial nas da periferia.

A Folha conta que a cabeleireira Valdenice de Brito, de 40 anos, testemunhou o momento do disparo. “Quando ela me disse para sair dali por causa do tumulto, um policial mirou e atirou covardemente nela.” Ainda segundo a Folha, Giuliana foi socorrida por funcionários de um estacionamento. Fábio Braga foi atingido também na virilha, além do olho.

Outros cinco jornalistas da Folha também foram atingidos. O jornal não divulgou seus nomes.

Também nesta quinta-feira, o repórter Piero Locatelli, de CartaCapital, foi preso pela Polícia Militar enquanto realizava a cobertura das manifestações. Após duas horas detido de forma arbitrária, Piero foi liberado.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo