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O que se sabe até agora sobre a variante de Nova York do novo coronavírus

Estudos, que ainda não foram revisados por outros cientistas ou publicados em veículos especializados, indicam rápida propagação na cidade

Foto: Spencer Platt/Getty Images North America - via AFP
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Estudos conduzidos por um grupo do Instituto de Tecnologia da California, a Caltech, e pela Universidade de Columbia, ambas nos Estados Unidos, indicam que uma nova cepa do coronavírus, chamada de B.1.526, avança rapidamente sobre a cidade de Nova York.

Os dados, no entanto, ainda não foram publicados em veículos científicos nem passaram por revisão de pares.

“Esta linhagem apareceu no final de novembro de 2020, e os isolados desta linhagem representam cerca de 25% dos genomas de coronavírus sequenciados em Nova York em fevereiro de 2021”, diz trecho de um esboço do estudo divulgado pela Caltech.

Uma das conclusões apresentadas pelos pesquisadores é de que “o padrão geral de mutações nessa linhagem sugere que ela surgiu, em parte, em resposta à pressão seletiva de anticorpos. Com base nas datas de coleta desses casos isolados, parece que a frequência da linhagem B.1.526 aumentou rapidamente em Nova York.”

Segundo a Caltech, há duas versões diferentes dessa nova cepa: uma com a mutação E484K e outra com a S477N. A E484K recebeu maior atenção dos pesquisadores da Universidade de Columbia. A partir do sequenciamento de 1.142 amostras de pacientes, eles notaram que 12% dos infectados estavam com a variante que tem a mutação E484K.

Nessa lista, também foram encontradas as cepas britânica, brasileira e sul-africana.

“Detectamos vários clusters de isolados (…) com mutações da proteína spike em locais conhecidos por estarem associados à resistência a anticorpos contra o SARS-CoV-2″, assinala ainda o grupo da Caltech. A proteína spike é a que “facilita” a entrada do coronavírus nas células.

A equipe de Columbia, citada pela CNN norte-americana, apontou que “é esta nova variante que está crescendo, de forma alarmante, em nossa população de pacientes nas últimas semanas.”

Nesta quarta-feira 24, veio o anúncio de que a vacina da Johnson & Johnson, administrada em apenas uma dose, é eficaz contra as variantes sul-africana e brasileira. Nos testes clínicos nos Estados Unidos, mostrou uma eficácia de 85,9%, com uma taxa de 81,7% na África do Sul e de 87,6% no Brasil, segundo a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA).

Não é possível dizer, por enquanto, se o imunizante J&J ou qualquer outro utilizado neste momento enfrenta dificuldades para neutralizar a chamada “variante de Nova York.”

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