CartaExpressa
Governo usou Fiocruz para produzir milhões de comprimidos de cloroquina
O dinheiro veio de Medida Provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2020
O governo federal usou a Fundação Oswaldo Cruz para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, que seriam usados no combate à pandemia do novo coronavírus.
De acordo com documentos revelados pelo jornal Folha de S.Paulo, o dinheiro que financiou a produção partiu da Medida Provisória nº 940, editada em 2 de abril pelo presidente Jair Bolsonaro para o enfrentamento de emergência da pandemia.
A MP abriu um crédito extraordinário no valor de 9,44 bilhões de reais.
Segundo a reportagem, foram destinados 457,3 milhões de reais para a Fiocruz, com a justificativa de “enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”.
Parte do valor, informa o jornal, foi usado na produção de fosfato de oseltamivir (o Tamiflu), que, assim como a cloroquina, não tem eficácia comprovada contra a Covid-19.
No Brasil, a Fiocruz é a responsável pela produção da vacina de Oxford, a da farmacêutica AstraZeneca. O órgão informou que a produção de cloroquina e de Tamiflu não impactou as ações voltadas a pesquisas.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.