CartaExpressa
Itamaraty não se refere à tomada do poder por militares em Mianmar como golpe
O Ministério garante acompanhar ‘atentamente os desdobramentos da decretação do estado de emergência’


Em nota publicada nesta terça-feira 2, o Itamaraty, comandado pelo ministro Ernesto Araújo, não chamou de golpe de Estado a tomada do poder em Mianmar pelos militares, nem citou a prisão de opositores pela junta militar. Entre os detidos está Aung San Suu Kyi, vencedora do Nobel da Paz e líder civil do país.
No texto, o Ministério das Relações Exteriores garante acompanhar “atentamente os desdobramentos da decretação do estado de emergência em Mianmar” e declara a expectativa de “um rápido retorno do país à normalidade democrática e de preservação do estado de direito.”
Diz ainda a nota: “A embaixada em Yangon informa que a pequena comunidade brasileira se encontra bem, em segurança e recomenda que todos permaneçam em casa, evitem aglomerações ou deslocamentos desnecessários”.
Nas primeiras horas desta segunda-feira 1, o Exército de Mianmar prendeu Suu Kyi e o presidente Win Myint e declarou estado de exceção por um ano, além de colocar generais em cargos-chave.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.