Sociedade
Petroleiros declaram apoio a greve prometida pelos caminhoneiros
A mobilização está prevista para acontecer a partir de 1º de fevereiro, motivada pelo aumento no combustível


A Federação Única dos Petroleiros, representação de sindicatos da categoria, anunciou apoio à greve dos caminhoneiros programada para a próxima segunda-feira, dia 1º de fevereiro.
A paralisação de profissionais do setor tem como principal motivação o aumento no valor dos combustíveis. A partir desta quarta-feira 27, conforme anunciado pela Petrobras, haverá elevação de 5% no preço da gasolina, chegando a 2,08 reais por litro, e de 4,4% para o diesel, o que soma 2,12 reais por litro.
Os novos valores dizem respeito à venda das refinarias às distribuidoras e não equivalem ao preço pago pelo consumidor final.
“O apoio dos petroleiros terá ações localizadas em todo o País, unindo o protesto com solidariedade pelo momento difícil em que o Brasil se encontra, com altas taxas de desemprego e perda de renda”, diz a entidade em nota divulgada na terça-feira 26.
“A pauta dos caminhoneiros contém dez itens, mas a principal reivindicação, e que tem total apoio dos petroleiros, é a alta no valor dos combustíveis, considerada abusiva”, complementam. “Com data para começar e sem data para terminar, a expectativa é que a greve possa superar à de 2018 em decorrência da maior conscientização da categoria e da população sobre as pautas envolvidas e os efeitos para toda sociedade”.
Para o primeiro dia da greve, algumas refinarias marcaram atos simbólicos, como a distribuição de cestas básicas e botijões de gás gratuitos a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Ainda não se sabe ao certo qual é o apoio de setores organizados dos caminhoneiros à paralisação. Em entrevista a CartaCapital, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, Wallace Landim, afirmou que o aumento nos preços dos combustíveis eleva a temperatura nos ânimos para uma adesão ao movimento.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.