Saúde

Rondônia: apenas um paciente com Covid-19 aceita transferência para outro estado

Segundo o secretário estadual da Saúde, Fernando Máximo, a maioria desses pacientes está ‘bem, do ponto de vista clínico’

Rondônia: apenas um paciente com Covid-19 aceita transferência para outro estado
Rondônia: apenas um paciente com Covid-19 aceita transferência para outro estado
Foto: Marcio James/AFP
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Diante de um colapso no sistema de saúde no estado, o governo de Rondônia anunciou no último fim de semana que daria início à transferência de pacientes com Covid-19 a outros estados. Muitos doentes, no entanto, se recusaram a viajar.

O governador Marcos Rocha (PSL) informou no sábado que pediu o auxílio do governo federal na transferência de 40 pacientes que estão na fila de espera para o tratamento hospitalar, já que a ocupação de leitos nos hospitais está no limite.

No entanto, o avião que decolou na tarde desta segunda da capital Porto Velho rumo a Curitiba, capital paranaense, levava apenas um paciente.

Segundo o secretário estadual da Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, a maioria desses pacientes está “bem, do ponto de vista clínico” e, por isso, não aceitou a viagem. A declaração foi feita ao UOL.

“Nós montamos uma força-tarefa com assistentes sociais, médicos e psicólogos para tentar convencer esses doentes a serem transferidos para outros estados, mas eles não aceitaram”.

Diante da possibilidade de agravamento no quadro de ocupação de leitos de UTI, porém, o estado não terá capacidade para recebê-los.

De acordo com o monitoramento do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, em pouco menos de quatro semanas o estado registrou de mais de 19 mil novos casos confirmados da doença. No sábado 23, havia 579 pacientes internados.

O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), foi categórico ao afirmar, no último sábado 23, que o sistema de saúde na capital passa por um colapso e que a situação é pior do que a registrada na primeira onda da Covid-19. Há desconfiança de que a variante do novo coronavírus que circula no Amazonas esteja se disseminando em Rondônia.

“Nós não temos a confirmação científica ainda de que está circulando aqui, mas a probabilidade e os sintomas hoje são muito parecidos: há um agravamento muito rápido. O que antes levava uma semana a dez dias, hoje está em coisa de três, quatro dias. Isso leva a um estresse muito rápido a rede”.

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