Sociedade

Datafolha: rejeição a Bolsonaro cresce e já supera a aprovação

Maioria, no entanto, não defende abertura de processo de impeachment contra o presidente, segundo o levantamento

Datafolha: rejeição a Bolsonaro cresce e já supera a aprovação
Datafolha: rejeição a Bolsonaro cresce e já supera a aprovação
O presidente Jair Bolsonaro. Foto: FOTO: EVARISTO SA/AFP
Apoie Siga-nos no

Levantamento Datafolha divulgado nesta sexta-feira 22 indica tendência de alta na rejeição ao governo de Jair Bolsonaro. A reprovação já supera a aprovação.

Segundo a pesquisa, 40% dos brasileiros avaliam o presidente como ruim ou péssismo. No começo de dezembro, eram 32%.

Já os que consideram o presidente bom ou ótimo passaram de 37% em dezembro para 31% no novo levantamento. É a queda mais expressiva desde o início da gestão, em 2019. 26% classificam Bolsonaro como regular, ante 29% na última pesquisa.

Entre os entrevistados que dizem ter muito medo de contrair a Covid-19, a rejeição a Bolsonaro subiu de 41% em dezembro para 51%, enquanto a aprovação caiu de 27% para 20%.

O Datafolha também indica que Bolsonaro continua a não despertar confiança nos brasileiros. Nunca confiam em sua palavra 41% dos entrevistados (eram 37% em dezembro), enquanto 38% confiam às vezes (eram 39%) e 19%, sempre (eram 21%).

Apesar da queda nos índices de aprovação a Bolsonaro, a maioria dos brasileiros não defende o impeachment do presidente neste momento. De acordo com o levantamento, 53% afirmam que a Câmara dos Deputados não deve abrir um processo por crime de responsabilidade (eram 50% em dezembro).

Os que defendem o impedimento caíram de 46% para 42%, enquanto 4% não souberam responder (eram 6% na rodada anterior).

O Datafolha ouviu 2.030 pessoas entre os dias 20 e 21 de janeiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo