Saúde
Covid: oito regiões de São Paulo regridem de fase; capital está fora da lista
‘Há uma indicação clara de que a pandemia acentuou, com essa segunda em nosso País’, declarou o governador João Doria
O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira 15 a 18ª reclassificação do Plano SP, o conjunto de medidas da gestão João Doria (PSDB) para tentar frear a disseminação do novo coronavírus.
Sete regiões do estado regredirão da fase amarela, a segunda menos restritiva do plano, para a laranja, a segunda com mais restrições: Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubaté. A região de Marília foi rebaixada da fase laranja para a vermelha, a mais crítica.
A capital paulista, no entanto, segue na fase amarela, apesar do aumento de casos, internações e mortes por Covid-19. Na Grande São Paulo, a ocupação de leitos de UTI é de 69% nesta sexta; no estado, de 67,5%.
Segundo os números do governo, o total de casos confirmados de Covid-19 no estado é de 1.605.845. As mortes chegam a 49.600.
“Há uma indicação clara de que a pandemia acentuou, com essa segunda em nosso País. Temos de tomar medidas de cautela e de prevenção. A situação vem se agravando a cada semana”, declarou Doria.
O governador paulista também informou que há 4,5 milhões de doses da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, prontas para ser encaminhadas a um Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde em Guarulhos (SP). “Vamos aguardar que neste domingo a Anvisa autorize o uso emergencial da vacina do Butantan e da vacina AstraZeneca”, acrescentou o tucano.
Ao comentar a situação dramática nos hospitais de Manaus, Doria voltou a responsabilizar o governo de Jair Bolsonaro. “Resultado da política caótica de saúde pública do governo federal. Não é razoável imaginar que uma situação de caos, como vive a capital do Amazonas, seja debitada na conta de um prefeito ou um governador. Temos um governo federal e um Ministério da Saúde para quê? Para acusar governadores? Este descomprometimento com a vida é mais um resultado do negacionismo do governo Jair Bolsonaro”.
Doria anunciou ainda o envio de quarenta ventiladores mecânicos produzidos pela Universidade de São Paulo ao Amazonas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.