Educação

Mesmo com pedidos de adiamento, Inep diz que Enem deve ser mantido

As provas da versão impressa estão agendadas para os dias 17 e 24 de janeiro; na versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disse nesta quinta-feira 7, em entrevista à Agência Brasil, que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio deve ser mantido e que as provas não serão adiadas por causa da pandemia do novo coronavírus.

“Nós nos preparamos para fazer uma prova em ambiente de pandemia. Temos a segurança [de] que a prova deve ser feita e que as condições de aplicação são adequadas, são as que precisam ser tomadas”, declarou.

As provas da versão impressa estão agendadas para os dias 17 e 24 de janeiro; na versão digital, ocorrerão nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

O Inep, responsável pelo exame, estimou abrir mais 4 mil pontos de aplicação da prova. O que soma um total de 205 mil salas, 60 mil a mais do que na edição de 2019. Além das salas comportarem metade da quantidade de alunos, há também uma seleção dos grupos mais vulneráveis à Covid-19 que realizarão a prova em salas reduzidas com apenas 12 pessoas.

Segundo o órgão, essa classificação seguiu as regras do Ministério da Saúde, já sendo verificados no questionário que os candidatos respondem no momento de inscrição. Estão nesse grupo: gestantes, lactantes, idosos e pessoas com condições médicas preexistentes.

No entanto, a verba de 178,5 milhões de reais disponibilizada para essas medidas de proteção, compra de álcool em gel e aluguel de salas não foi usada pelo MEC, segundo informações do jornal O Globo.

Ainda fica determinado que quem for diagnosticado com Covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não compareça ao local de prova e entre em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, tendo direito de fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

#AdiaEnem

O debate sobre o calendário do Enem é alvo de forte pressão de parlamentares, professores e estudantes que pedem o adiamento da prova, sobretudo no momento em que o Brasil volta a viver o aumento expressivo de casos e mortes em decorrência do coronavírus.

Na quarta-feira 6, o Brasil teve 1266 óbitos por Covid-19 em 24 horas, a maior marca desde 18 de agosto. Nesta quinta-feira, o número de mortos deve superar a marca dos 200 mil. O país tem mais de 7,8 milhões de casos confirmados.

No ano passado, o Inep e o Ministério da Educação promoveram uma enquete junto aos estudantes para verificar a data que preferiam para a realização da prova. Embora 49,7% tenham escolhido fazer a prova no mês de maio, o calendário foi mantido para janeiro.

Na sexta-feira 8 é esperado que o MEC responda a uma solicitação do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) sobre ações de segurança para aplicação da prova. Outros seis deputados de diferentes estados também assinam o pedido.

Há um movimento nas redes sociais cobrando o adiamento da prova.

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