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Reino Unido começa a aplicar a vacina da AstraZeneca/Oxford contra Covid-19
O britânico Brian Pinker, de 82 anos, foi o primeiro a receber o imunizante no Hospital Churchill
O Reino Unido iniciou nesta segunda-feira 4 a imunização com a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, acelerando a campanha nacional lançada no início de dezembro com o produto da Pfizer/BioNTech.
O britânico Brian Pinker, de 82 anos, foi o primeiro a receber o imunizante no Hospital Churchill, na Universidade de Oxford. Segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, sigla em inglês), 520 mil doses da vacina da AstraZeneca/Oxford estão prontas para distribuição em todo o país.
Com o rosto protegido por uma máscara, o aposentado arregaçou a manga da camisa diante das câmeras de televisão para que a enfermeira-chefe do Hospital Churchill de Oxford, Sam Foster, aplicasse a injeção.
“Estou muito feliz de receber a vacina hoje e muito orgulhoso que tenha sido desenvolvida em Oxford”, afirmou Pinker, de acordo com um comunicado divulgado pelo NHS. “Esse é o único jeito de recuperar um pouco a vida de antes”, reiterou.
“É um verdadeiro privilégio ter administrado a primeira vacina AstraZeneca/Oxford aqui no Hospital Churchill, a poucas centenas de metros de onde foi desenvolvida”, afirmou a enfermeira Sam Foster. Para o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, a utilização da vacina “é um marco importante no combate a esse vírus horrível”.
Mais barata e prática
A vacina da AstraZeneca/Oxford é menos cara, mais fácil de estocar e por isso é considerada mais adaptada a uma campanha de imunização em grande escala do que as concorrentes da Pfizer/BioNTech e Moderna, aprovadas e distribuídas em vários países, mas que necessitam de uma conservação a cerca de – 80º C.
O Reino Unido foi o primeiro país a aprovar o imunizante da Pfizer/BioNTech e a iniciar a campanha de vacinação na Europa. Mais de um milhão de pessoas já foram imunizadas com o produto desenvolvido pelo laboratório americano em parceria com o grupo alemão. No entanto, o país aguardava ansiosamente a “vacina nacional”, como o produto da AstraZeneca/Oxford é chamado no país.
Com mais de 75 mil mortes por Covid-19, o Reino Unido é um dos países da Europa mais afetados pela doença e enfrenta uma nova onda de contágios desde a descoberta, em dezembro, de uma nova variante do vírus, mais contagiosa. Quase 55 mil pessoas testaram positivo para a doença nas últimas 24 horas, superando a marca de 50 mil pelo sexto dia consecutivo, de acordo com os dados oficiais publicados no domingo (3).
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