Sociedade
Caso João Alberto: MP denuncia seis pessoas por morte no Carrefour
Os acusados das agressões vão responder por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou, nesta quinta-feira (17), seis pessoas pela morte de João Alberto Silveira Freitas, que foi espancado em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre. O crime ocorreu no dia 19 de novembro, véspera do Dia da Consciência Negra.
Os acusados das agressões vão responder por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima).
Na denúncia, o MP incluiu ainda o racismo como forma da qualificação por motivo torpe.
“Um homicídio triplamente qualificado, além do torpeza ligada ao preconceito racial, nós temos o uso do meio cruel que seria asfixia, além da agressão brutal e desnecessária, junto ao final com o recurso que dificultou a defesa, exatamente por essa superioridade numérica, sempre há impossibilidade de resistência da vitima, que vai a óbito após cinco minutos de manejo cruel por parte de seus agressores”, explicou o promotor André Martinez.
Quem são os denunciados:
Giovane Gaspar da Silva: ex-PM temporário, autor da agressão;
Magno Braz Borges: segurança, autor da agressão;
Adriana Alves Dutra: funcionária do Carrefour que tenta impedir gravação e tem, segundo a polícia, comando sobre os demais funcionários;
Paulo Francisco da Silva: funcionário da empresa terceirizada de segurança Vector que impede acesso da esposa à vítima que agonizava;
Kleiton Silva Santos: funcionário do mercado que auxilia na imobilização da vítima;
Rafael Rezende: funcionário do mercado que auxilia na imobilização da vítima;
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